sexta-feira, 1 de junho de 2007

A moeda no Regime Militar.

Os governos militares, que se sucederam no poder por 21 anos após a derrubada do Presidente João Goulart, realizaram reformas constitucionais visando recuperar o dinamismo econômico do país. Tais reformas contribuíram para a forte desaceleração do ritmo inflacionário, mas extrapolaram para um quadro recessivo, que acarretou elevado custo social. Em 1965 foi criado o Banco Central do Brasil, em substituição à antiga Superintendência da Moeda e do Crédito – SUMOC, absorvendo igualmente funções normativas e executivas antes a cargo do Banco do Brasil. No período 1968-1973, o país viverá o chamado milagre econômico, registrando altas taxas de crescimento, em função da ampla disponibilidade de recursos financeiros provenientes dos países desenvolvidos, mas essa estabilidade econômica é interrompida pela crise mundial do petróleo. No governo Geisel foi lançado o Plano Nacional de Desenvolvimento, para reajustar a economia em face da escassez mundial de petróleo, acelerando-se o processo de substituição das importações, com ênfase nos bens de capital e na eletrônica pesada. No início da década de 1980, verifica-se a desaceleração do processo de crescimento econômico e a expansão de tendências inflacionárias, num quadro de distensão política que iria culminar na campanha das Diretas Já, que exigia o retorno ao estado democrático. O período conheceu grandes alterações dos padrões monetários, com mudanças nos nomes e valores das moedas. Em 1965, o governo de Castelo Branco decreta nova reforma monetária, criando o cruzeiro novo, simbolizado por NCr$ e equivalente a 1.000 cruzeiros antigos, que passou a vigorar a partir de 1967. Foi aposto um carimbo nas cédulas de 10.000, 5.000, 1.000, 500, 100, 50 e 10 cruzeiros, que passaram a valer, respectivamente, 10, 5, 1 cruzeiros novos, e 50, 10, 5 e 1 centavos. Porém, antes da entrada em circulação das cédulas do cruzeiro novo, uma resolução do Conselho Monetário Nacional, em 1970, determina o retorno à designação cruzeiro, mantendo-se a equivalência de valores com o extinto cruzeiro novo e voltando à representação Cr$. Por essa época, a Casa da Moeda foi reequipada, passando a dispor de condições técnicas para fabricar todo o nosso meio circulante.
Organizou-se um concurso para o desenho das novas cédulas, tendo saído vencedor o designer Aloísio Magalhães. O projeto constituiu verdadeira renovação na área, apresentando cédulas com cores e tamanhos diferenciados, aumentando conforme o valor nominal.
Em 1972, comemorando o sesquicentenário da Independência, foram colocadas em circulação as cédulas de 500 cruzeiros e, em 1978, as de 1.000 cruzeiros, que ficaram conhecidas como barão, por trazerem a efígie do Barão do Rio Branco. Essa nota antecipava o aparecimento de nova família de cédulas, igualmente idealizadas por Aloísio Magalhães, cujos demais valores – 5.000, 500, 200 e 100 – entraram em circulação em 1981. Apresentavam a característica de permitir a leitura das efígies, valores e legendas em qualquer sentido. Até 1985, ainda foram lançadas cédulas de 100.000, 50.000 e 10.000 cruzeiros (a primeira com a imagem de Juscelino Kubitschek, refletindo a abertura política da época), idealizadas em conjunto pela Casa da Moeda e pelo Banco Central do Brasil.
No que diz respeito às moedas, foram lançadas, a partir de 1967, peças de 50 centavos de níquel, cuproníquel ou aço inoxidável; 20 e 10 centavos em cuproníquel; e 5, 2 e 1 centavos em aço inoxidável, cunhadas pela Casa da Moeda do Rio de Janeiro. em 1972, ainda em comemoração ao sesquicentenário da Independência, foram cunhadas moedas de 1 cruzeiro em níquel, 20 cruzeiros em prata e 300 cruzeiros em ouro, todas com as efígies do imperador D. Pedro I e do Presidente Médici. Entre 1975 e 1978, as moedas de 5, 2 e 1 centavos, então de aço inoxidável, tiveram suas características alteradas para relacioná-las com a campanha Alimentos Para Todos, da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura – FAO. Em 1975, em comemoração do 10° aniversário do Banco Central, acontece o lançamento da moeda de 10 cruzeiros, em prata. Em 1979, foram cunhadas moedas de aço inoxidável, de módulo e peso menores, nos valores de 10, 5 e 1 cruzeiros e de 1 centavo. Em 1981, completando essa série, emitiram-se as de 50 e 20 cruzeiros. As moedas de 500, 200 e 100 cruzeiros, cunhadas em 1985 e 1986, circularam por pouco tempo, perdendo seu valor nesse último ano.
A partir de 1945, o Banco do Brasil passa a dividir com a recém-criada Superintendência da Moeda e do Crédito – SUMOC as funções de autoridade monetária nacional; suas atividades conjugadas equivaliam às de um banco central.
Quanto às moedas, em 1956, as divisionárias de bronze-alumínio de 2 e 1 cruzeiros e 50 centavos sofreram reduções de módulo (diâmetro) e passaram a estampar as armas da República. A elevação extraordinária do preço dos metais à época leva em seguida o governo a empregar apenas o alumínio na fabricação dessas moedas e bem assim nas de 20 e 10 centavos. Em 1962, a cunhagem de centavos foi suspensa e, em 1964, finalmente extinta.
Em 1961, a Casa da Moeda do Brasil, num projeto inteiramente desenvolvido e executado no país, na tentativa de nacionalizar a produção de nosso papel-moeda, lança a nota de 5 cruzeiros, que ficou popularmente conhecida como a cédula do índio, por trazer em um dos lados o perfil de um aborígine e, no outro, uma reprodução da vitória-régia. Em 1962, o crescimento da inflação determinou o lançamento da cédula de 5.000 cruzeiros.

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COMO INICIAR SUA COLEÇÃO

São infinitos os métodos de colecionar moedas, dependendo do gosto de cada pessoa, oportunidades, etc. como por exemplo, moedas espanholas, brasileias coloniais, indianas, por período, data, importância histórica, etc. Mas alguns critérios podem ser considerados importantes para manter uma boa coleção: Escolher sua área de interesse e seguí-la; Estudar a respeito do assunto em livros, catálogos, sempre; Procurar obter moedas no melhor estado possível, mantendo com isso o bom nível da coleção e, se possível, substituir uma moeda danificada por outra melhor; Estar sempre atento às moedas ( e se for rara??!!); Uma coleção se faz aos poucos, é preciso paciência. geovisit();

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